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Idosas do Lar Padre Venâncio dão conselhos para 2022
07 Jan

Idosas do Lar Padre Venâncio dão conselhos para 2022

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A Santa Casa Recife concluiu, nesta primeira semana de janeiro, uma série de publicações que trouxe conselhos de idosas do Centro Geriátrico Padre Venâncio (CPGV) para o ano de 2022 – e para a vida. Seis senhoras acolhidas no abrigo foram convidadas para compartilhar seus pensamentos e contar um pouco de suas histórias. Conheça as nossas queridas Iracema, Janete, Ivonete, Alice, Gercina e Elaeci:

Iracema Fernandes, 83 anos


Colocar um sapato alto, pintar as unhas, ficar bem cheirosa e sair para dançar na companhia das primas. Esse era um dos programas favoritos de Dona Iracema, quando era mais nova. Agora, aos 83 anos de muita sabedoria, ela aconselha: divirta-se!

“Goze a vida, aproveite, dance! A vida é muito boa!”, diz a sorridente e conversadeira dona Iracema, moradora há quase dez anos do Lar Padre Venâncio, que fica na Várzea e é mantido pela Santa Casa Recife.

Janete da Silva, 72 anos


“A vida é curta, passa muito rápido... É vapt-vupt”. Com esse pensamento, Dona Janete vai deixando a vida levar, feliz e agradecendo por tudo que Deus deu, como diz um dos sambas preferidos dela. Aos 72 anos, ela faz questão de destacar a importância do respeito às pessoas, sobretudo às que têm mais experiência. 

“Respeite as pessoas mais velhas, principalmente os seus pais”, ela lembra os mais jovens. Animada e participativa, Dona Janete é a segunda moradora a aparecer aqui na nossa série, que vai trazer conselhos das idosas do Centro Geriátrico Padre Venâncio, fundado há 93 anos e mantido pela Santa Casa Recife.

Ivonete Vieira, 79 anos


Faz apenas cinco meses que Dona Ivonete chegou ao nosso abrigo, mas já conquistou todo mundo com um jeito meigo e atencioso. A humildade é uma virtude importante para ela. “Hoje em dia tem muita gente querendo colocar os outros para trás. Eu acho que a gente precisa ser mais humano com as pessoas”, diz. Aos 79 anos, Dona Ivonete aconselha: siga caminhos limpos. Esse, segundo ela, é o segredo para ser feliz. ✨

Alice Moura, 77 anos


Aos 77 anos, Dona Alice contagia os corredores do Lar Padre Venâncio com sua alegria e sabedoria. Sempre com um sorriso largo no rosto, para ela, o respeito é a principal ferramenta para manter uma sociedade mais justa para todos. Além disso, segundo ela, o conhecimento nos possibilita caminhos de sucesso. “A gente precisa estudar para ter uma vida melhor, né?!”, diz. Mas Dona Alice reforça: para 2022, estude, trabalhe e, principalmente, respeite as mulheres.

Gercina Alves, 86 anos


Um novo ano começou, mas, infelizmente, ainda enfrentamos momentos difíceis de uma crise sanitária. Por isso, trazemos hoje um sábio conselho de Dona Gercina: cuide-se!

Quando era mais jovem, ela bordava, tocava sanfona, violão, cantava, tinha uma rotina intensa. Mas hoje, aos 86 anos, ela lamenta não ter prestado mais atenção à própria saúde. “Eu passei por muitas coisas. Hoje não enxergo tão bem, por exemplo. A gente precisa ter uma vida mais orientada, pensar em nós e também na nossa família, né?”, diz.

Elaeci Souza, 90 anos


Com as dificuldades que surgem no caminho, muitas pessoas podem ser atraídas pelo sentimento da ingratidão. Ficam viciadas em reclamar da vida. Sem dúvida, você conhece alguém assim. Mas, para Dona Elaeci, ser grato por tudo é o segredo para viver feliz. Mesmo quando tudo parece não ter saída, ela acredita que Deus conduz para a solução. 💫

Foi pensando assim que Dona Elaeci alcançou um pedido que fez à Deus e à Nossa Senhora, quando precisou fazer uma cirurgia. Até hoje, ela só veste azul e branco para cumprir essa promessa. 💙

Outro desejo que fez aos céus, também atendido, foi para poder acompanhar os pais na terceira idade. “O que eu mais queria era cuidar dos meus pais quando eles estivessem velhinhos”.

E assim foi feito. “Eu fiquei doente, me aposentei por invalidez e pude ficar em casa com eles até quando Deus os levou”, recorda, com muita lucidez, a ex-funcionária da Santa Casa Recife, que hoje mora no Lar Padre Venâncio.

Motivo de aperreio de tanta gente, a falta de dinheiro também nunca foi uma questão de tirar o sono de Dona Elaeci, que soube administrar com sabedoria. 💰

“As pessoas reclamam que o dinheiro é pouco. É verdade. Mas toda vida eu ganhei pouco e sabia dividir, então não me faltava nada. E nunca pedia nada a ninguém. Às vezes, até emprestava”, conta, aos risos.

E os pedidos realizados não acabam por aí. Quando era mais jovem, Dona Elaeci sonhava em morar em um lugar onde pudesse compartilhar a rotina com mulheres da mesma idade.

“E Deus concedeu para mim esse lugar tão lindo, tão maravilhoso, onde vivemos em harmonia e somos bem cuidadas. Eu adoro. Agradeço muito a Deus por morar aqui. Eu me sinto a idosa mais feliz do mundo”. 

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Fotos e textos: Comunicação e Marketing | Santa Casa de Misericórdia do Recife