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Mulheres ocupam mais de 60% dos cargos de liderança na Santa Casa
10 Mar

Mulheres ocupam mais de 60% dos cargos de liderança na Santa Casa

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Um levantamento feito pela equipe de Recursos Humanos mostra que as mulheres são maioria na Santa Casa Recife. No quadro geral de colaboradores, a presença feminina representa 65% do total. Nos cargos de liderança, os números continuam favoráveis a elas: dos 80 gestores, 50 são mulheres — ou seja, quase 63%. Para comemorar o Mês da Mulher e para entender mais sobre os desafios enfrentados por elas no mercado de trabalho, a nossa equipe conversou com mulheres que estão no comando e que fazem a diferença na história da Santa Casa Recife.

A colaboradora Cléo Alves chegou na Santa Casa em fevereiro deste ano para ocupar um cargo que era de um homem: Gerente de Gestão Hospitalar. Para ela, a habilidade da mulher em ser “multitarefa” é um ponto positivo no mundo corporativo. “Ao longo dos anos, a mulher vem deixando de ser lembrada apenas como responsável pelo lar. A cada dia procuramos meios para mostrar que podemos ser muito mais, buscando estudar uma possibilidade de equilíbrio entre a vida profissional e familiar, para, assim, obtermos sucesso e realização na vida de forma geral”, afirma Cléo.

Tarefa de ser líder, mas também ser mãe, esposa, filha, dona de casa. A coordenadora da Qualidade, Najara Felisberto, concorda que a mulher desempenha muitos papéis, mas que, muitas vezes, vêm carregados de estereótipos e pressões. “Para mim, o maior desafio em equilibrar tantas funções é não permitir que essas cobranças impeçam o autoconhecimento e, com isso, o encontro do verdadeiro poder, o da força interna”, diz. Para ela, a união entre mulheres é benéfica para todas: “Uma mulher poderosa empodera outras mulheres e juntas podemos alcançar lugares mais distantes e, em muitos casos, ocupados predominantemente por homens”.

Dar conta de diversos papéis e, mesmo assim, observar os detalhes é algo que Rosa Paes, coordenadora financeira, sabe bem. Para ocupar essa função é preciso, segundo ela, ser atenciosa, conhecer bem a instituição e gostar de números. Sobre a sua relação com a equipe, ela garante: “Não faço distinção entre homens e mulheres. Acredito que mulher é um pouco mais detalhista, apesar de ter homem na minha equipe bem detalhista e observador também. Acho que nós nos complementamos”.

Não é só Rosa que se dá bem com os números. São muitas mulheres de olho nas contas e nas despesas, contrariando o preconceito popular de que mulheres não são muito afeitas em economizar. Uma delas é a colaboradora Ana Rogéria Coelho, que atua como coordenadora de Controladoria, e que também representa a liderança feminina responsável por demandas contábeis da Santa Casa. “Assumir cargos de liderança estratégica em um mercado de trabalho extremamente conservador é romper paradigmas”, resume.

E por falar em romper paradigmas, a colaboradora Rebecca Barbosa, que lidera o Departamento Jurídico da Santa Casa, entende bem essa necessidade. “Uma das minhas missões ao assumir o Jurídico, em agosto de 2017, foi reestruturá-lo e mudar a visão dos demais setores sobre a importância de garantirmos a segurança jurídica da instituição em cada detalhe”, conta. Cheia de firmeza e juventude, Rebecca complementa: “Idade e competência não possuem relação direta. Tenho coragem e autonomia para buscar os objetivos institucionais e é gratificante identificar a evolução da Santa Casa e o resultado positivo de tudo que faço e defendo diariamente”.

Quem também é jovem, mas já provou a sua competência foi a colaboradora Kamila Ramos, que entrou como estagiária e, em janeiro deste ano, assumiu como supervisora de uma área bem desafiadora: Manutenção. Ela conta que ainda existe um certo preconceito no mercado de trabalho em relação às mulheres liderando nesta função, mas que, na Santa Casa, não encontra dificuldades e sabe usar suas características ao seu favor. “Tenho uma relação de trabalho muito boa com os funcionários, onde o respeito é essencial. Por ser mulher, consigo ter uma comunicação melhor com eles, a relação de trabalho se torna mais fácil, mais produtiva. Com isso consigo trabalhar de forma segura nas atividades do hospital”, explica.

As conquistas femininas vêm ganhando maior visibilidade nos últimos anos e, com isso, inspirando mais e mais mulheres a ocupar lugares de comando. Simone Araújo, que atua como coordenadora geral da Unidade de Pronto Atendimento Dulce Sampaio (UPA Torrões), que é mantida pela Santa Casa, diz que gosta de olhar para a história para se espelhar. “É uma forma de exaltar o respeito às pioneiras de tantas descobertas. Em minha jornada profissional tive a oportunidade de aprender e me espelhar em grandes mulheres. Hoje continuo aprendendo e aplicando nesse novo desafio de gerir uma UPA, com sua maioria colaboradoras mulheres, que assim como eu buscam fazer a diferença na sociedade”, conta a gestora.

Na Gerência de Educação e Assistência Social da Santa Casa Recife, o comando é totalmente feminino. A gestora Esmeralda Moura é quem lidera as oito unidades, todas dirigidas por mulheres. Para isso, Esmeralda apostou na capacitação e fortalecimento das respectivas gestoras para melhor conduzir os desafios do dia a dia. “São equipes complexas atendendo a muitas demandas sociais, ações junto às mais diversas comunidades e públicos específicos que necessitam de agilidade a autonomia na tomada de decisões e visão estratégica sobre causas sociais”, afirma.

A diretora do Educandário São Joaquim, Cleivia Pedrosa, que trabalha na Santa Casa há sete anos, conta que a valorização da mulher como profissional é um dos pontos fortes da instituição. “Vejo a Santa Casa dessa forma, principalmente nos últimos tempos, primando pelo bem estar de cada uma e valorizando o amor que cada uma doa pelo trabalho tão importante que faz”, conta a diretora. “Tenho orgulho de fazer parte desse time de mulheres que fazem a história da Santa Casa, uma história de amor e caridade”.

Os desafios não são poucos na Santa Casa, mas, segundo Sandra Simone, supervisora da Nutrição do Hospital Santo Amaro, o amor pelo que faz ajuda superar as dificuldades: “Acredito que nossa dedicação diária na resolução dos problemas demonstram nosso amor por esta instituição, colaborando para a imagem desta perante a sociedade. Nosso reconhecimento vem em forma de um ‘obrigada’, de um sorriso, de uma alta hospitalar, de um ‘que lindo’. Parabéns para todas nós”.

Texto: Comunicação – Santa Casa Recife