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Janeiro Branco: nutricionista da Santa Casa fala sobre relação entre comida e ansiedade
21 Jan

Janeiro Branco: nutricionista da Santa Casa fala sobre relação entre comida e ansiedade

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Você sabia que a forma como nos alimentamos influencia diretamente em nossa saúde mental? Nesta segunda-feira (20), a nutricionista da Santa Casa de Misericórdia do Recife, Rayssa Moraes, deu uma entrevista ao Canal Saúde, da Rádio Folha FM, explicando a relação entre os alimentos e o agravamento da ansiedade. A pauta é oportuna já que estamos em plena campanha do Janeiro Branco, que busca conscientizar sobre as doenças e distúrbios psicológicos.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros, que representa 9,3% da população. E a alimentação pode ser o segredo para o controle de muitos sintomas. De acordo com Rayssa Moraes, os nutrientes corretos podem evitar a inflamação no corpo, regular o cortisol (hormônio do estresse) e ajudar na produção de serotonina, conhecida como o hormônio do bem-estar. “Cerca de 90% da nossa serotonina é produzida pelo intestino, então quando a pessoa não tem uma alimentação balanceada, o funcionamento do intestino fica prejudicado, com isso, há uma diminuição na produção desse hormônio”, explica a nutricionista.

É possível enfrentar ansiedade com uma boa alimentação, diz Rayssa Moraes (Foto: Acervo pessoal)

Dentre os alimentos que podem agravar a ansiedade, ela destaca os industrializados e os carboidratos refinados, como açúcar, farinha branca, bolo, salgados, arroz branco e macarrão. “O açúcar e as massas também podem levar a uma compulsão alimentar gerada pela ansiedade, já que causam picos de satisfação seguidos de tristezas. Isso faz com que se comece a gerar um ciclo vicioso à procura de um bem estar momentâneo”, destaca Rayssa.

Para enfrentar a ansiedade, a dica da especialista é apostar em uma dieta equilibrada e rica em fibras, como aveia, chia, linhaça, inhame, batata doce, macaxeira, arroz integral, frutas e verduras com casca. “Alimentos ricos em ômega 3, como salmão; em magnésio, como brócolis e espinafre; em triptofano, como o grão de bico e o frango, além de alimentos do complexo B, em especial a B6, como as oleaginosas, podem ajudar”, explica.

Além da alimentação, Rayssa ressalta a importância de praticar atividades físicas e procurar acompanhamento psicológico. “A terapia é essencial para enxergar a vida de maneira mais leve e encarar os problemas de uma forma diferente, evitando, assim, o estresse. Lembrando que a ausência dessas práticas podem contribuir não só com o aparecimento da ansiedade, mas também de inúmeras outras doenças”, alerta a nutricionista.

Clique aqui e confira, na íntegra, a entrevista ao Canal Saúde, da Rádio Folha FM, com a nutricionista Rayssa Moraes.